sexta-feira, 18 de março de 2011

O que temos em comum com os Estados Unidos? A obesidade.

Como não poderia ser diferente, quisemos postar algo sobre a vinda da família Obama ao Brasil. Mas o que ainda não foi dito? Resolvemos, então, dissertar sobre a preocupação da Michelle Obama com a saúde, principalmente com o alto índice de obesidade infantil de seu país, chegando até a lançar o programa "Let's Move!". Em 2012, a primeira dama deverá lançar um livro sobre a horta que fez na Casa Branca, receitas saudáveis, as hortas das escolas americanas, e outros assuntos relacionados ao tema. Em tempo, os lucros com as vendas dos livros serão doados para caridade.
Ecochic este comportamento, não é mesmo? E como vai nosso Brasil no referente à obesidade, será que este é um dos pontos comuns entre nossos países? Fomos pesquisar e adivinhem o que encontramos?
Um Brasil em ritmo acelerado para se igualar aos Estados Unidos onde a obesidade já é considerada um sério problema de saúde pública. Recente pesquisa do IBGE, que segue os parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS) na conceituação de sobrepeso (Índice de Massa Corporal superior a 25%) e obesidade (IMC superior a 30%), mostra que no Brasil esta doença, que se constitui por um excesso de gordura corporal acumulada capaz de provocar problemas de saúde, já atinge mais de 30% das crianças entre 5 e 9 anos de idade, cerca de 20% da população entre 10 e 19 anos e nada menos que 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos. Entre os 20% mais ricos, o excesso de peso chega a 61,8% na população de mais de 20 anos, neste grupo concentra-se 16,9% dos obesos.

Diz-se que isto se deve, principalmente, ao fato de estarmos substituindo alimentos tradicionais de nossa alimentação, como o arroz e o feijão, por alimentos industrializados e o famoso fast food, sendo outro indicador importante, o aumento de 24,1% para 31,1% do total de gastos em alimentação com refeições na rua.

Sabemos que existem medidas que devem ser tomadas no aspecto de políticas públicas, além da necessidade de regular a publicidade, que é um fator que influencia e muito o aumento do sobrepeso, principalmente em crianças que hoje são acostumadas ao biscoito ultra vitaminado no lugar de frutas, verduras e legumes na dieta diária recheada de açúcar, sal e gorduras. Resolvemos abordar aqui o tema obesidade sob outro prisma, o entendimento da importância do ritual da alimentação, as mudanças de hábitos e a volta do cerimonisal à mesa, serão aqui as palavras de ordem no combate a esta doença, veja o que encontramos:

Estudos recentes mostram que o fato de terem uma alimentação inspirada não apenas na comida, mas também nos costumes, na maneira de preparo dos pratos, se assam ou fritam as carnes, os ingredientes, os temperos, quanto tempo se dedicam ao ritual da refeição, como combinam os alimentos, o modo como a comida é feita, servida e o ritmo de vida que levam, ou seja, a maneira com que queimam o que ingerem em atividades físicas compatíveis, levou o Japão, Cingapura, China, Suécia, França a serem apontados, em uma pesquisa independente, como os cinco países cuja população é considerada a mais magra e saudável do mundo.

É bastante interessante a valorização da alimentação de qualidade visando uma sobreposição a quantidade na busca pelo prazer à mesa. Seguindo esta linha, encontramos o Slow Food (www.slowfood.com) movimento que começou na Itália, é presidido por Carlo Petrine e existe desde 1985, tendo como principal princípio a não massificação da gastronomia, combatendo a anticultura que nos prejudica no corpo e na mente com hambúrgueres e catchups de fábrica, criação de produtos sem sustentabilidade social, sem história para contar, sem tradição ou vínculo com os produtores, sem paladar. O bom é que este movimento vem crescendo, também, no Brasil.

Visando a valorização dos alimentos e a qualidade da dieta alimentar fomos buscar o entendimento, como não poderia deixar de ser, dos alimentos orgânicos. Esses são sinônimo de produtos saudáveis à mesa cultivados sem uso de pesticidas, fertilizantes artificiais ou dejetos humanos. Além disso, são processados sem radiação ionizadora ou aditivos e não são modificados geneticamente, priorizando a preservação da saúde do homem, do meio ambiente e dos animais. Os orgânicos valorizam a qualidade de vida e o consumo de alimentos nutritivos de forma saudável, natural e equilibrada. Alertamos que, na hora de comprar um alimento orgânico devem-se exigir os selos de certificação (IBD, Demeter, ECOCERT, por exemplo).

Ter uma horta em casa é bem mais do que aparenta. Faz com que exista um ritual capaz de valorizar a terra, o alimento, a refeição e o ser humano. Para pequenos espaços o ideal é a horta de temperos e hortaliças (veja foto). Cultivar alimentos faz bem ao corpo e a alma! Existem muitos blogs que ensinam o passo a passo desta prática, breve iremos postar algo aqui no seja ecochic. Experimente!
O designer francês Bernard Vuarnesson criou esta alternativa para uma horta em pequeno espaço. Lindinha!

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